A diversidade de opiniões faz parte do sucesso

Toda unanimidade é burra, já dizia Nelson Rodrigues. Eu acredito na diversidade, no encontro e complemento de opiniões, que nos levam a enxergar novos caminhos, a criar novos produtos e a evoluir.

A nossa gestão é a mais horizontal possível. Em todas as nossas reuniões,  as perguntas são abertas para todos se colocarem, independente de suas áreas. A partir de um mapa comum e de dados e informações, chegamos a soluções e mudanças. 

Debate que gera aprendizado

O debate gera aprendizado e significado para a equipe. As pessoas precisam se conhecer como indivíduos, ainda que dentro do coletivo, e saber quais são suas fraquezas e dificuldades. Assim, elas evoluem juntas. Uma visão colaborativa, onde cada um tem espaço para expor suas opiniões, se vulnerabilizar, sem medo, consegue construir uma empresa acolhedora e um ambiente de trabalho saudável, que proporciona pertencimento. 

É a diversidade de perspectivas que nos leva a refletir sobre aspectos que não prestamos atenção no dia a dia, a ganhar conhecimento sobre o mundo, sair da zona de conforto. Para iniciar uma conversa construtiva, a gente tem que estar de mente aberta, ter curiosidade e levar para a mesa o respeito e a reflexão. O que parece um desafio pode virar uma descoberta muito interessante. O diálogo quebra barreiras, preconceitos e gera conexões novas. Quantas vezes você já não se surpreendeu ao se identificar com pontos no discurso de uma pessoa que você jurava que não tinha nada a ver com você?

Essa troca tem papel essencial na construção de uma cultura organizacional positiva. Se colocar no lugar do outro e ouvir faz com que a gente cresça pessoalmente e profissionalmente. Equipes que se sentem compreendidas e respeitadas são mais engajadas, criativas e produtivas. Posso falar isso olhando para o nosso quadro de colaboradores. 97% dos cargos de gestão da Smart Fit são ocupados por quem veio da base, do contato direto com o cliente. E eles são muito melhores do que eu! Eles sabem tudo que acontece em uma loja nossa, conseguem antever problemas e sugerir mudanças muito importantes. Eles são meus olhos, ouvidos, braços, são tudo ali no contato com o cliente. Confio no trabalho deles, na sensibilidade e na realização.

O erro faz parte do acerto

Sou um defensor da ideia de que a convergência de pontos de vista permite o surgimento de alternativas inovadoras e, quanto mais diversidade de olhares, mais fácil sermos assertivos. Mas, importante dizer: isso não é garantia de sucesso. Para conseguir fazer diferente e prosperar, todo empreendedor deve lembrar que o erro faz parte do acerto. E resistir. Nem todos os projetos da nossa vida são vitoriosos. Eu mesmo sempre falo que no início da minha empreitada na área fitness, errei muito. Aos poucos, fomos corrigindo o que não dava certo. Quando abri a Smart Fit (que inclusive veio de um insight de uma colaboradora da Bioritmo, minha primeira academia), usei muito do que aprendi para não errar logo de cara. Dei atenção a detalhes sugeridos, ouvi clientes, frequentei diferentes academias, repassei mentalmente cada etapa e ambiente que poderia ser melhor trabalhado: do chuveiro quente até a temperatura do ar condicionado. 

Faço questão de lembrar aos colaboradores: quando diante de um problema, nunca tenham medo. Se coloquem no lugar do outro e façam o que acharem que tem que fazer. Com coragem, humanidade e agilidade, a gente consegue transformar qualquer percalço em aprendizado e gerar relações verdadeiras.

O cuidado com o outro ajuda a disseminar o nosso propósito

Meu foco é desenvolver gente. O olhar pro novo e para a gestão humana impulsiona a vontade de suprir as necessidades das pessoas com quem lidamos. Para isso, é preciso uma boa dose de inquietação, questionamento e não-conformismo. Sair da zona de conforto e ter escuta ativa. 

Esse pensamento, além de manter o ambiente harmônico, convidativo, ajuda  disseminar o nosso propósito, que é democratizar o fitness de alto padrão. Para fazer isso, temos que estar atentos a todos os insights.

Estar presente no negócio é fundamental para ter novas ideias, fazer mudanças e ajustes de rota. E ouvir é regra primordial para entender contextos e ampliar conceitos. E é assim que uma ideia que parece irreal – como a Smart Fit – pode virar um bom negócio.